Sabe aquela sensação 

de que o amor conecta, 

de que não é preciso falar, que o outro sabe... isso existe. 

Mas, pra encontrar a 
pessoa dos seus sonhos 

você tem que merecer...
você tem que ser 
quem sempre sonhou. 

A gente brinca e tudo, mas aquele papo de que se você não souber quem é, a que veio e principalmente o que te faz feliz nada funciona, é mesmo sério. Porque quando depositamos no outro a responsabilidade de nos fazer feliz, além de ser uma carga pesada demais, acabamos acomodando nossa busca individual, passamos a ser a extensão do outro. Consequentemente não damos ao outro a chance de conhecer quem realmente somos de verdade, afinal na preocupação em satisfazer, em ser o que outro espera, em não decepcionar ficamos vazios de essência...  Só quando temos a coragem de nos olharmos no espelho, de fazer escolhas e dizer "nãos" estamos preparados para a felicidade. Por que ela não é estar de bem com o outro, evitar conflitos, viver uma vida morna. Ela é simplesmente a capacidade de estar de bem consigo mesmo. "O que acontece depois que a gente é feliz?" Acho que vira uma constante. Aliás, quando estamos bem humorados, motivados e realizados os conflitos ficam menores, as dificuldades fáceis de superar e ... voltemos ao tema inicial da conversa (eu divago demais...kkk) o que for real, verdadeiro e sincero permanece.

Enganam-se aqueles que pensam que erótico é o corpo. O corpo só é erótico pelos mundos que andam nele. A erótica não caminha segundo as direções da carne. Ela vive nos interstícios das palavras. Não existe amor que resista a um corpo vazio de fantasias. Um corpo vazio de fantasias é um instrumento mudo, do qual não sai melodia alguma. Por isso, Nietzsche disse que só existe uma pergunta a ser feita..."continuarei a ter prazer em conversar com esta pessoa daqui a 30 anos? 

Ruben Alves